Câncer de tireoide: Tipos e como fazer o melhor para Evitar ou Tratar precocemente

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Buscando prevenção, cura e controle do câncer de tireoide

 

O diagnóstico do câncer de tireoide é cada vez mais comum na atualidade.

 

Cada vez mais a medicina consegue detectar o câncer de tireoide em nódulos menores e curá-los ou controlá-los, com menor morbidade.

 

cirurgia tireoide

 

 

Existem algumas variedades de câncer de tireoide catalogados, mas o tipo mais comum é o carcinoma papilífero.

 

Por felicidade, o carcinoma papilífero tem grandes chances de cura se diagnosticado e tratado adequadamente.

 

Sabemos que há variedades com graus crescentes de gravidade dentro de um único rótulo de câncer.

Por isso é importante esclarecer melhor às pessoas o que a ciência médica vem nos mostrando sobre os tipos de câncer de tireoide.

 

Carcinoma anaplásico da tireoide: um dos mais agressivos tumores do ser humano

 

A origem do câncer de tireoide envolve vários modelos e explicações biológicas.

 

Mas, em resumo, temos uma série de defeitos ou mutações genéticas que se acumulam e geram uma proliferação celular descontrolada.

 

Existem tumores com graus variados de agressividade, conforme a biologia do câncer em questão.

Se por um lado as formas clássicas dos carcinomas papilíferos são um dos cânceres menos agressivos em geral no corpo humano, do outro lado da moeda, o carcinoma anaplásico é um dos mais temíveis.

 

Temos indícios de que o carcinoma papilífero ao longo do tempo pode acumular mutações e se desdiferenciar, gerando linhagens mais agressivas de câncer de tireoide ou mesmo um carcinoma anaplásico.

 

A incidência do carcinoma anaplásico e das variedades mais agressivas do câncer de tireoide tem diminuído muito sua incidência, graças a eliminação progressiva de seus precursores.

 

O objetivo que buscamos é evitar tumores mais agressivos. Isso de deve principalmente aos avanços no tratamento dos carcinomas papilíferos iniciais e mesmo dos grandes tumores benignos da tireoide.

 

Carcinoma papilífero é o câncer de tireoide mais frequente

 

tireoidectomia fortaleza

 

 

Quais as causas do câncer de tireoide?

 

Vários fatores podem predispor à ocorrência do câncer de tireoide, mas um dos mais bem comprovados é a exposição à radiação.

 

Catástrofes nucleares como em Chernobyl, Hiroshima, Nagasaki, e recentemente em Fukushima mostraram índices muito aumentados de novos casos de câncer de tireoide nessas populações.

Os tecidos glandulares são mais sensíveis de forma geral à radiação.

Extrapolando um pouco essas evidências, devemos ter cautela, apesar de não haver ainda comprovação científica, com as radiações que recebemos no nosso dia-a-dia.

Somos expostos a uma série de radiações em virtude de novas tecnologias que nos cercam, como celulares, 3G, 4G, wi-fi, bluetooth, etc, bem como as radiações naturais como a solar.

Outro grupo que merece destaque são os técnicos de radiologia. Estes devem utilizar a proteção adequada da região da tireoide porque se expõem diariamente à radiação.

O antecedente familiar positivo, isto é, casos de câncer de tireoide na família, também aumentam a chance de outros familiares apresentarem um tumor de tireoide.

Quem tem um parente de primeiro grau que teve um carcinoma papilífero, deve informar esse dado ao médico redobrar a atenção com o pescoço.

 

Mamografia pode predispor ao câncer de tireoide?

 

A mamografia é um exame consagrado na prevenção do câncer de mama, portanto deve ser realizado como prioridade! Ele salva vidas!

 

 

mamografia cancer de tireoide

 

Recentemente foi publicado em veículos da internet a informação equivocada de que a mamografia poderia aumentar o risco de câncer de tireoide.

Imediatamente as sociedades oficiais de radiologia esclareceram em notas à população, já que a dose de radiação indireta que pode atingir o pescoço durante uma mamografia é praticamente desprezível. Ainda mais se compararmos com as radiações naturais que recebemos corriqueiramente.

Nem a proteção cervical com colar de chumbo para realizar a mamografia é indicada, segundo os radiologistas.

Porém, a recomendação é que se o uso da proteção não prejudicar a técnica e a qualidade da mamografia, fica facultado à paciente usá-lo caso se sentir subjetivamente mais protegida.

 

Como detectar um câncer de tireoide?

 

O exame clínico é essencial na procura de nódulos no pescoço e pode ser percebido pelo próprio paciente ao tocar o próprio pescoço.

 

Foi a ultrassonografia, entretanto, que revolucionou a detecção precoce do câncer de tireoide.

 

Com o avanço tecnológico e melhora na sensibilidade do exame, e se realizada por um radiologista experiente, pode-se levantar suspeita mesmo em nódulos muito pequenos.

A recomendação atual da Associação Americana de Tireoide leva em conta critérios como tamanho e características específicas dos nódulos e do paciente para se indicar uma investigação mais invasiva.

O cirurgião de cabeça e pescoço ou o endocrinologista , baseados nesses critérios, selecionam então os casos em que há maior risco.

Assim indica-se o prosseguimento da investigação com a punção aspirativa por agulha fina, ou simplesmente, PAAF.

 

Se houver suspeita ou confirmação de um câncer de tireoide, deve-se indicar a cirurgia para o tratamento.

 

Para saber mais, acesse nosso post sobre cirurgia de tireoide, com um roteiro prático sobre o que paciente e família precisam saber a respeito.

O tratamento pode ser complementado, conforme indicação médica, com a iodoterapia e a supressão hormonal.

 

Meu exame revelou uma neoplasia folicular de tireoide: qual a chance de ser um câncer? ( cancer de tireoide )

 

A chance é de 5% até 30%, conforme a classificação do exame da punção.

 

Estão englobados diversos tipos de diagnósticos dentro do grupo classificado como neoplasia folicular, mas a diferenciação maior é entre um adenoma (benigno) e um carcinoma (maligno, câncer de tireoide).

 

Utilizamos dados clínicos e do ultrassom para somar na decisão de se indicar uma cirurgia.

Há em alguns casos indicação de re-puncionar o nódulo ou também de acompanhamento.

O carcinoma folicular, pode ser mais agressivo e se disseminar pelo corpo. Por isso, mesmo com menor chance de se confirmar o diagnóstico após a cirurgia, os cirurgiões de cabeça e pescoço e endocrinologistas costumam optar pela indicação cirúrgica para evitar a chance de desfechos mais graves.

 

Existem outros tipos de câncer de tireoide? ( cancer de tireoide )

 

Sim. Existem outros tipos de agressividade diversa, como o chamado carcinoma medular de tireoide. ( cancer tireoide )

 

O carcinoma medular de tireoide pode ser transmitido hereditariamente ou ser advindo de mutações novas.

 

Muitas vezes é preciso fazer uma pesquisa genética na pessoa portadora da doença, e se a mutação for positiva, deve ser feito um acompanhamento de toda a família.

 

Para determinados defeitos do chamado gene RET, pode haver até 100% de chance do portador da mutação desenvolver o carcinoma medular. (cancer tireoide )

 

Pode-se indicar nesses casos a remoção cirúrgica da tireoide mesmo antes de um câncer aparecer, atuando no estado da arte da prevenção em medicina! ( cancer tireoide )

 

Excepcionalmente, a tireoide pode ser afetada por um tipo de câncer que não é de tratamento cirúrgico: o linfoma. Após esse diagnóstico, um hematologista deverá assumir o tratamento.

 

O cirurgião de cabeça e pescoço é o médico especialista no diagnóstico e tratamento cirúrgico do câncer de tireoide.

 

Saiba mais sobre cirurgia da tireoide e os tratamentos complementares com iodoterapia para os carcinomas papilífero e folicular da tireoide.

Também pode ser utilizado o tratamento com hormônios para controle do câncer de tireoide bem diferenciado.

 

Cuide com carinho da sua saúde!

 

cancer tireoide fortaleza nodulo

 

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Respostas de 14

  1. Seu blog é simplesmente maravilhoso! Obrigada por tantos esclarecimentos! Sucesso e saúde sempre!

  2. Olá Dr. Hugo, primeiramente gostaria de publicamente parabenizá-lo pela competência, educação e simpatia em sempre atender com muita competência nós Pacientes.

    Bem, para aqueles que tem receio em operar a Tireóide, vai um comentário de quem operou com o Dr. Hugo:
    A operação foi super tranquila. Fiquei internado, por proforme, apenas 1 dia no Hospital. Pós-operatório, por incrível que pareça, as dores pós- anestesia foi praticamente “0” (ZERO). Meu Pai épocas atrás também operou com ele e só tem elogios a fazer.
    Em suma, só em vc estar salvaguardado por Deus e bem monitorado pelo Dr. Hugo, ter medo de que? Realmente posso dizer a qualquer pessoa que necessita operar e ainda não operou, reitero que minha operação e a do meu Pai foi excelente e super tranquila. Parabéns Dr. Hugo mais 01 vez.

  3. Alex, muito obrigado pelo carinho, confiança e pelas palavras. Agradeço a você mais ainda pelo cuidado de também ajudar outras pessoas. É muito gratificante quando você compartilha a sua experiência, porque quem está lendo e está próximo de uma cirurgia vai se sentir mais confiante. Muito obrigado! Agradeço a Deus a felicidade de poder ajudar pessoas tão incríveis como você e seu pai a terem mais saúde! Abraço grande a todos!

  4. Dr. Hugo. Tive notícia de ESTATÍSTICAS afirmando que 1 terço de todas as pessoas tem um microcarcinoma de tireóide e que dentre estas pessoas 95℅ estão vivas e sem complicações em 30 anos e 99℅ em 10 anos, sendo que muitos morrem idosos por outras causas (não pelo câncer de tireóide) sendo portanto grande parte de cirurgias desnecessárias, nesse casos. Se essas estatísticas estiverem mesmo corretas e atualizadas isso pode significar que a melhor opção para quem tem micro carcinoma (enquanto o nódulo estiver menor de 2cm com crescimento lento ) seria mesmo não fazer o tratamento convencional (cirurgia iodo radioativo hormônio tireoidiano para o resto da vida) já que, nesse caso (de não fazer o tratamento convencional), haveria uma chance de 99% de sobrevivência , em 10 anos, sem complicações e sem os riscos e consequências do tratamento convencional. ? Enquanto que optando pelo tratamento convencional, além dos riscos e consequências da cirurgia do iodo radioativo e de viver sem tireóide, haveria apenas 95% de chance (ou seja probabilidade menor) de sobrevivência, sem recidivas, no mesmo período (de 10 anos)?
    Ou seja: sem o tratamento convencional (não se perderia a tireóide) e haveria apenas 1% de chance de morte em decorrência do câncer, em 10 anos. Com o tratamento convencional (perderia a tireóide) e haveria ainda 5% de chance (ou seja probabilidade maior) de morte em decorrência do câncer em uma possível recidiva ou metástase, (dentro do mesmo prazo de 10 anos). Pelo que eu entendi essa seria a situação comparativa entre fazer ou não fazer o tratamento convencional, segundo essas estatísticas, não?Muito obrigado por sua atenção e que Deus te abençoe!

  5. Alexandre, obrigado por mandar suas dúvidas!
    Os dados que você informa na sua pergunta estão incorretos e confusos.
    Mas pelo tipo de conteúdo que você apresenta, já sei que se refere a 2 estudos japoneses, que estiveram em evidência nos últimos congressos.
    O estudo japonês de Ito e colaboradores iniciou-se em 1993, com média de 74 meses de acompanhamento.
    Muito menos tempo que os 30 anos das suas fontes…
    No Japão, em 2 serviços distintos, foram criados protocolos de pesquisa para tentar comparar o tratamento com cirurgia e o simples acompanhamento clínico de pacientes com microcarcinomas papilíferos (tumores menores de 1 cm).
    Mas para o estudo foram selecionados APENAS OS CASOS CONSIDERADOS DE BAIXO RISCO!
    Lá eles têm uma aderência muito elevada às recomendações médicas, muita tecnologia disponível e os pacientes acompanham efetivamente de perto a doença.
    Dos 304 pacientes acompanhados e não operados inicialmente, 109 acabaram indo para cirurgia no período estudado.
    A maior crítica a esses estudos é que não temos ainda conhecimento para diferenciar os casos de baixo risco daqueles em que a doença irá ter comportamento ruim, podendo levar a sequelas e até a morte.
    E também não existem estudos que mostrem a mesma reprodutibilidade das estatísticas japonesas em outros locais do mundo, como Europa e Estados Unidos, locais que não seguem atualmente os protocolos japoneses.
    No Brasil, a quase totalidade dos cirurgiões de cabeça e pescoço tratam os cânceres de tireoide, mesmo os micropapilíferos, com cirurgia, seguindo de modo geral os protocolos da ATA (American Thyroid Association).
    Isso porque o controle da doença com o tratamento convencional é elevadíssimo.
    E as taxas de complicações nas mãos de equipes cuidadosas são muito baixas.
    Converse com seu médico e se ainda tiver dúvidas, sugiro que não hesite em procurar uma segunda opinião.
    Fique com Deus e muita saúde!

  6. DR. Boa noite.
    Gostei muito do seu site e preciso de ajuda urgente. Descobri com US pedido por ginecologista( tinha trocado de médico e essa pediu tudo inclusive densitometria óssea etc.) A US acusou um nódulo de 1,4 cm na tireoide que enfim deu na biópsia carcinoma papilifero. Meus hormônios tireoideanos sempre foram normais .Farei a tireoidectomia com cirurgião de cabeça e pescoço. Além do pesadelo que estou vivendo tenho transtorno do pânico e estou na perimenopausa. A questão é que percebi divergência de conduta sobre quando começar o hormônio. A endocrino mandou tomar no dia seguinte 125 mcg e pelo que vi alguns mandam ficar em hipotiroidismo para o caso de iodoradioterapia( em segunda opinião). Isso me deixa mais aflita…. existe algum consenso médico sobre esse início? Muito obrigada!

  7. Emile, boa noite!
    O controle da sua ansiedade é essencial no seu caso.
    Se já tem transtorno de pânico, sugiro que tenha apoio médico e psicológico para ajudá-la.
    Como você está nas mãos de um cirurgião de cabeça e pescoço e de um endocrinologista, isso já é uma excelente notícia.
    Precisa haver uma sintonia entre os especialistas, por isso sugiro que haja comunicação clara sobre quem assumirá a condução da sua medicação e do iodo.
    Geralmente inicio a reposição hormonal no dia seguinte à cirurgia, para evitar que o paciente sinta os efeitos do hipotireoidismo.
    Quando vem o resultado final da biópsia é que decidimos junto ao endocrinologista sobre a radioiodoterapia (a não ser que algo nos exames nos diga de antemão que já existe indicação).
    Cada vez mais hoje em dia fazemos o tratamento com o iodo radioativo usando o TSH recombinante (isto é, sem precisar ficar hipotireoidismo).
    Minha sugestão é que você converse com seus médicos sobre as opções, tire todas as suas dúvidas com eles, e principalmente busque manter uma boa comunicação entre toda equipe!
    Abraço grande!

  8. Boa Noite Doutor Hugo!

    Em meados de 2017 fiz uma PAAF e descobri que estava com Carcinoma Papilífero na Tireoide. A biópsia da peça cirúrgica concluiu que tratava-se de um CA Papilífero, forma clássica, encapsulado, grau I, PT1b(m), sem metástase nos linfonodos. Foram dois nódulos, um deles tinha um centimetro e o outro aproximadamente 0,75 cm. A cirurgia foi realizada em novembro de 2017. Dada a sua experiência e sua disposição em ajudar as pessoas que lhe procuram, gostaria de saber a sua opinião quanto ao meu caso. Mais precisamente gostaria de saber se, na sua opinião, devo fazer a Iodoterapia.
    Obrigada!

  9. Boa noite, Beatriz!
    O carcinoma papilífero pode ser multicêntrico, quando existe mais de 1 foco de tumor presente na tireoide.
    No resultado da biópsia, o estágio vem com a letra “m” ao final, como você descreveu.
    Essa informação sugere que deve haver algum componente na tireoide facilitador da formação de tumores.
    Se não houver mais nenhum fator de risco e gravidade no resultado final da sua biópsia, o racional de se fazer a iodoterapia em casos como o seu seria a ablação de remanescentes de tecido tireóideo que teriam o potencial de desenvolver um novo carcinoma algum dia.
    O novo guideline da Associação Americana de Tireoide, baseado na literatura científica mundial atual, na sua última edição de 2015 teve uma tendência de se indicar menos a iodoterapia.
    Mas cada ser humano é único e seu caso deve ser pensado de forma individualizada com seu médico.
    Converse com seu especialista sobre os riscos e benefícios da iodoterapia e da dose que será preconizada.
    Assim você terá muito mais condições de tomar uma decisão mais madura.
    Abraço grande!

  10. Boa noite, doutor! Descobri que tinha dois nódulos e um cisto na tireoide após o ginecologista me passar uma ultrassonografia. Um dos nódulos precisou ser puncionado. Fiz a punção após 9 meses do primeiro exame. Recebi a biópsia esses dias e vi que o nódulo nao aumentou de tamanho, mas o laudo veio indicando o seguinte resultado: suspeita de carcinoma papilifero categoria v de bethesda. Fui pesquisar na internet para saber do que se tratava e fiquei bastante triste e preocupa por saber que provavelmente terei que passar por uma cirurgia. Porém, ao ler mais sobre o assunto, encontrei o seu blog e por uma grande e feliz coincidência o senhor atende em minha cidade. Me senti muito feliz pois não conhecia nenhum profissional da area e quando li o blog pelo seu profissionalismo desejei por um minuto que um médico como senhor me atendesse. Como disse por uma feliz coincidência em breve estarei marcando minha consulta com o senhor. Abç e muito obrigada pela forma que o senhor expõe oconteúdos do blog. Me senti muito mais tranquila pela forma como o senhor aborda os temas.

  11. Olá, Vanessa!
    Fico muito feliz em receber uma mensagem sua aqui no Blog!
    O Blog acabou assumindo uma posição de destaque no Brasil (e até no mundo!), e muitas pessoas de longe querem vir até meu consultório, mas nem sempre isso é fácil por conta da logística e distância. Por isso, acaba que quem está em Fortaleza e gosta do meu modo de trabalho tem essa facilidade de poder tirar as dúvidas ao vivo em uma consulta e se operar comigo e equipe.
    Sua história é bem interessante e você não está sozinha: descobrir um nódulo de tireoide através de um exame de ultrassom solicitado pelo ginecologista tem ocorrido muito.
    Quando bem indicado, felizmente o exame ajuda sim no diagnóstico e tratamento precoce e em elevar em muito as chances de cura da doença!
    O sucesso na cirurgia da tireoide e na sua recuperação envolve a participação do cirurgião, auxiliares, anestesista, equipe de enfermagem, hospital e… no preparo e orientação do paciente e família!
    Por isso, quando você chegar no meu consultório ou quando qualquer paciente chegar no consultório de um colega cirurgião, espero que tenham uma experiência diferente após se informarem aqui no Blog: quero que cheguem mais leves, seguros e preparados para lidarem com todas as situações possíveis com tranquilidade!
    Obrigado pelo feedback e mensagem.
    Abraço grande e até em breve!
    Fique com Deus!

  12. Boa noite, Dr Hugo Luz

    Fui diagnosticada com carcinoma papilífero em Julho 2015.

    Fiz a tireoidectomia total em dezembro de 2015. Realizando iodo terapia em maio de 2016.

    Desde a cirurgia engordei bastante e não emagreço.

    Regularmente faço os exames. Decidi trocar de especialista por questionar meu excesso de peso e insônia repetitiva sem acompanhamento adequado do especialista.

    O novo especialista ficou assustado com meu TSH de 5,25 me encaminhando para um endocrinologista tipo 3, substituindo o Synthroid 137 por 150 e mandando repetir o exame em 45 dias.

    Estou desesperada e com muito medo pela forma que foi conduzida a consulta e o susto da médica com o meu TSH.

    Revendo meus exames encontre um de agosto de 2016 com TSH 7,4. A médica ajustou a dosagem na época e o TSH diminuiu.

    Depois do uso do remédio permaneço em jejum por 1 hora, para adequar a absorção do medicamento, pois tenho 42 anos.

    A tireoglobolina está 0,001.

    Preciso saber as consequências do aumento do TSH no meu quadro.

    Realizei em Janeiro Ultra do Pescoço sem intercorrências.

    É recomendável fazer PCI e PetScan ?

    O que devo fazer ?

    Desde já agradeço por elucidar nossas dúvidas, nos aconselhar e trazer palavras de conforto.

  13. Olá, Carla!
    Obrigado por sua pergunta aqui no Blog.
    No acompanhamento do câncer de tireoide usamos vários exames.
    No caso do carcinoma papilífero, a tireoglobulina e o anticorpo anti-tireoglobulina são muito importantes.
    Fazemos uma curva, e se um deles estiver subindo, pode ser um sinal de alerta sobre possível volta da doença.
    Tireoglobulina zerada (bem baixa), com anticorpos negativos e ultrassom sem sinais suspeitos são bons indícios de que a doença deva estar controlada.
    Cuidado para não se confundir o TSH com a tireoglobulina!
    Os outros exames usados no acompanhamento são o TSH e o T4 livre, que dizem a respeito do ajuste dos hormônios.
    Para cada paciente temos um objetivo diferente de resultados, que varia de acordo com a biópsia de câncer ou não, com o grau de risco do tumor, etc.
    E levamos também em conta a parte clínica, o que o paciente está sentindo.
    TSH em níveis acima dos valores de referência devem indicar um estado de hipotireoidismo.
    A hipófise, glândula e fica na cabeça, fabrica mais TSH (hormônio estimulador da tireoide) para “empurrar” a tireoide a fabricar mais T3 e T4.
    Porém, como o paciente já não tem mais tireoide, é o médico que faz o ajuste dos hormônios.
    Nesse caso o especialista aumenta a dose da levotiroxina.
    Como os hormônios da tireoide levam cerca de 40-45 dias para se estabilizarem novamente após a mudança da dose, é com este intervalo que solicitamos um exame de sangue de controle.
    Justamente para conferir se houve normalização das taxas.
    O PET e a PCI são exames que solicitamos apenas quando suspeitamos de uma recidiva.
    Espero que tenha ajudado a esclarecer mais sobre o assunto.
    Um grande abraço e muita saúde!

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