Nódulo na Parótida: Será mesmo um Câncer?

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Descobriu um nódulo na parótida?

 

Se sua resposta for sim, saiba que este conteúdo foi elaborado para ajudar você a entender melhor sobre o assunto.

Aqui vamos focar em respostas claras sobre as principais perguntas que vejo sempre no consultório.

A intenção é também poupar seu tempo e preocupações com as buscas na formidável, mas também perigosa internet…

Comparo o Google a uma arma potente, que pode ser usada para o mal, mas também pode levar informações salvadoras às pessoas!

Na minha rotina de cirurgião de cabeça e pescoço, tenho observado no consultório algo que não deveria acontecer, mas infelizmente ainda tem se repetido bastante.

Vou contar aqui de forma rápida o caso de um paciente que atendi no consultório, porque é provável que a história dele tenha muitas semelhanças com a sua.

 

nódulo na parótida

 

Este relato poderá contribuir para você elucidar sobre o que pode estar ocorrendo com seu corpo.

Claro, o caso é ilustrativo.

Mas como é baseado em fatos reais, ele pode ajudar você a entender mais sobre um nódulo de parótida.

 

Lembre-se que nenhum texto da internet substitui uma consulta tradicional com um médico especialista de alto nível.

 

Vamos lá ao nosso relato!

Estava ele relaxado conversando com sua esposa numa manhã de domingo, quando ela, sem querer, ao tocá-lo descobriu um nódulo na sua bochecha.

O carocinho ficava localizado um pouco abaixo da orelha direita dele.

Os dois palparam e re-palparam algumas vezes o nódulo para confirmarem que aquilo era mesmo real.

Tinha o tamanho aproximado de uma pequena acerola.

Aliás, diga-se de passagem, um excelente método para dar ao seu médico uma boa ideia do tamanho do seu nódulo é compará-lo com uma fruta de dimensões semelhantes.

 

nódulo na parótida
Comparar o tamanho do seu nódulo com o de uma fruta ajuda seu médico a entender melhor suas dimensões.

 

Logo em seguida, eles então se perguntaram a que tipo de médico recorrer.

E, sem muita certeza, acharam que o especialista mais indicado seria um otorrinolaringologista.

Agendaram assim a consulta.

Mas seria mesmo o especialista correto?

 

parótida adenoma pleomórfico
E agora, o que fazer?

 

Enfim, precisavam de uma resposta e foram à consulta.

O médico prontamente o examinou, palpou seu pescoço e solicitou uma ultrassonografia.

Porém, não deu muitas explicações.

Apenas disse que conforme fosse o resultado do exame é que ele poderia dizer mais sobre o tal nódulo.

Prontamente e com bastante determinação em resolver o enigma que os preocupava, acabaram conseguindo o exame no mesmo dia.

E o resultado qual foi?

Como era de se esperar… confirmou-se o nódulo.

O retorno ao consultório do otorrino ainda levaria alguns dias, e esta espera seria igual a uma eternidade.

Como já sabiam, pelo laudo do ultrassom, que se tratava de um nódulo na parótida, o casal então recorreu logo ao Google.

Queriam muito saber logo se aquilo era algo grave.

Foi quando tiveram um grande solavanco no coração e a adrenalina saltou forte: justo na primeira busca na internet sobre “nódulo na parótida”, encontraram publicações justamente sobre câncer…

Mais ansiosos ainda, aceleraram a busca por ajuda.

 

E descobriram enfim que o especialista ideal para cuidar de um nódulo na parótida é o cirurgião de cabeça e pescoço.

 

Aí então que buscaram meu consultório, ainda cheios de dúvidas e bem angustiados.

Contaram-me logo sobre o medo da ameaça de um câncer ao lerem sobre a doença na internet.

Enquanto me relatavam tudo o que tinham lido, eu ficava imaginando a sensação de desespero que deve ter cercado aquele casal nesse momento.

Não conseguiam esconder o ar de preocupação, afinal tinham filhos novos e aquilo era uma grande ameaça para a paz da família.

 

Mas, como você já pode estar imaginando, não era para aquilo estar acontecendo.

 

Eles criaram muita ansiedade.

Posso explicar melhor.

Parece até que existe um “atalho mental” nas nossas cabeças, em que ligamos quase automaticamente a palavra nódulo à ideia de um câncer.

 

nódulo pescoço

 

Mas é fácil entendê-los: se esta palavra aparece logo de imediato numa pesquisa na internet sobre o assunto, como fazer para mantermos o controle emocional, não é mesmo?!

 

Como especialista, a partir daí vi que era urgente escrever um artigo esclarecedor e mais adequado sobre nódulo na parótida, e desmistificar em definitivo essa situação a todos que passam por esta descoberta.

 

Vamos afastar todo sofrimento que for desnecessário.

Portanto, tenha os pés no chão e vamos devagar.

 

A mais tranquilizadora informação que as pessoas não costumam saber é que felizmente apenas cerca de 20% dos nódulos de parótida são tumores malignos.

 

Em outras palavras: a grande maioria dos nódulos da parótida é compreendida por tumores BENIGNOS!

 

Somente com essa frase, imagino que você já deve estar já sentindo um certo alívio.

Mas… você pode estar se perguntando ainda: como saber se não é o seu nódulo que se encaixa nesses 20% de cânceres?

 

Leia todo o artigo para saber o que fazer, se você ou algum familiar descobriu um nódulo na parótida.

 

Separei as principais dúvidas que meus pacientes trazem no consultório e suas respectivas respostas.

 

  1. Onde as parótidas ficam exatamente? Confira se o seu nódulo pode estar mesmo localizado na glândula.

  2. Pra que servem as parótidas? Faz falta se elas forem removidas? 

  3. Nódulos na parótida e um exemplo comum de nódulo “falso”, que não é de tratamento com cirurgia.

  4. Como desconfiar que um nódulo possa ser um câncer e quando não deve ser?

  5. Como tratar um nódulo na parótida? Como diminuir os riscos da cirurgia e aumentar as chances de cura.

  6. Sabia que existe um nervo importantíssimo que passa no meio da parótida? Como evitar danos à movimentação do seu rosto.

 

Se você tiver alguma outra dúvida ou comentário, basta enviá-la ao final do artigo no campo “Leave a Reply”.

 

1. Onde as parótidas ficam exatamente? Confira se o seu nódulo pode estar mesmo localizado na glândula.

 

Vamos começar por alguns conceitos fundamentais.

Primeiro você precisa conferir se o seu nódulo pode estar localizado na parótida, por isso é importante saber sua localização exata.

Ligue seu “GPS” de anatomia!

As parótidas se encontram na região das bochechas, em frente e embaixo das orelhas.

Dê uma espiadinha na figura ilustrativa abaixo.

 

A glândula parótida fica localizada na região à frente e abaixo da orelha.
A glândula parótida fica localizada na região da bochecha, perto da orelha.

 

Sobre a profundidade da glândula no rosto, atingimos as parótidas já em uma posição relativamente superficial: temos a pele, depois a gordurinha embaixo e, na sequência, lá estão elas.

São duas, uma parótida de cada lado da face.

E elas se estendem também profundamente na região do rosto até a musculatura profunda da mastigação.

Mais adiante neste artigo temos um tópico especial só sobre um nervo, que é importantíssimo para o entendimento das cirurgias na glândula.

Veremos antes mais alguns elementos essenciais.

 

2. Pra que servem as parótidas? Faz falta se elas forem removidas?

 

Voltemos, então, ao porquê das parótidas existirem.

Para que elas servem afinal?

 

As parótidas são glândulas salivares. Isso significa que elas fabricam e secretam a saliva, um líquido especial e preciosíssimo na nossa saúde.

 

Imagine como seria a sua boca seca?

Pois é, a saliva umedece a boca e nos ajuda a digerir os alimentos.

Ela facilita o “deslizamento” do alimento ao engolirmos.

Favorece também a saúde dos dentes, porque ajuda a neutralizar o pH da boca e assim nos proteger das cáries.

 

“Mas, doutor, se o tumor da minha parótida for removido, vai faltar saliva depois?!?”

 

Agora você precisa de um simples conhecimento biológico para entender melhor sobre isso.

Sabia que as parótidas, além de não serem as únicas, também não são as principais glândulas produtoras de saliva?

Temos outras glândulas salivares na região da boca que fabricam muito mais saliva que próprias parótidas.

As duas parótidas juntas fazem apenas cerca de 25% de toda saliva produzida.

 

Portanto, mesmo que para retirarmos um nódulo da parótida seja preciso remover uma glândula inteira, não haverá problemas maiores, afinal a quantidade de saliva que ela produz é muito pequena sobre a quantidade total de saliva que produzimos.

 

Pergunta essencial respondida!

O próximo tópico é muito importante porque nele você vai entender sobre os nódulos parotídeos e como evitar que eles causem dano a saúde.

 

3. Nódulos na parótida e um exemplo comum de nódulo “falso” que não é de tratamento com cirurgia.

 

O primeiro princípio que você precisa saber é que, de modo geral, a maioria dos nódulos que aparecem na parótida são sim de tratamento cirúrgico.

 

Ao contrário dos nódulos de tireoide, em que na maioria dos casos apenas fazemos acompanhamento clínico, no caso dos nódulos de parótida, a ação do cirurgião é bem mais requisitada.

Mesmo sabendo que a maioria dos nódulos que aparecem na parótida são de natureza benigna, eles tem alguns inconvenientes.

O primeiro ponto é que os nódulos tendem a crescer, mesmo nos casos benignos, e podem até criar massas volumosas na face se não tratados.

Enquanto o nódulo está pequeno, muitas pessoas acabam negligenciando e deixando o tempo passar, mas isso não é recomendado.

Quanto maior o nódulo, maior a cirurgia e o risco cirúrgico, de forma geral.

 

Portanto, vale novamente a regrinha de ouro da medicina em que o tratamento mais precoce é essencial.

 

Mas qual seria o segundo motivo de se operar?

Para compreender essa segunda razão, você precisa antes de mais algumas informações.

O tumor benigno mais frequente da parótida têm um nome médico estranho.

É o adenoma pleomórfico.

Esse termo até assusta um pouco, mas é mesmo uma doença benigna!

 

Ocorre que o adenoma pleomórfico pode mudar de comportamento e se transformar em um câncer ao longo dos anos.

 

nódulo parótida
Um tumor benigno de parótida pode se transformar em um câncer ao longo do tempo.

 

Esse é efetivamente o maior motivo de se tratar com cirurgia esses tumores benignos.

 

Agora que você já sabe porque geralmente operamos os nódulos, mesmo os benignos, voltemos ao outro assunto principal do tópico.

Você deve ter pensado: ” Que história é essa de falso nódulo?”

Pois é, a medicina não é uma ciência exata, e temos exceções.

Possuímos pequenas estruturas arredondadas ou ovaladas na bochecha, que existem naturalmente por ali.

Elas pode sim simular um nódulo.

Algumas vezes tive que contra-indicar cirurgias de pacientes encaminhados para mim com a finalidade de remover um desses “falsos” nódulos.

A estrutura que pode simular um nódulo na parótida é o chamado linfonodo.

Linfonodos são pequenos centros de defesa do nosso organismo e fazem parte do sistema imunológico.

Eles ficam distribuídos por todo o nosso corpo: no próprio pescoço, axilas, virilhas, dentro do abdome e do tórax.

 

Mas também temos linfonodos na região das parótidas.

 

nódulo parótida falso linfonodo
Linfonodos na bochecha podem ser confundidos com nódulos na parótida.

 

Um linfonodo (também chamado popularmente de íngua, landra, ou gânglio) pode ser palpável e até confundido no exame de ultrassonografia com um nódulo na parótida.

Como cirurgião de cabeça e pescoço, apenas no ato de examinar conseguimos acertar na maioria das vezes a diferenciação, mesmo sem nenhum exame complementar.

Porém, nem sempre é assim, e algumas vezes mesmo o especialista precisará de exames que o auxiliarão no diagnóstico.

Nesses casos, um simples exame de punção, quando bem realizado, pode ajudar a indicar ou contra-indicar uma cirurgia, ao ajudar a discernir um linfonodo inflamatório de um nódulo tumoral propriamente dito.

 

Na área cirúrgica especializada tão importante quanto realizar bem uma cirurgia é também sabermos quando NÃO fazê-la.

 

Vamos em frente!

 

4. Como desconfiar que um nódulo possa ser um câncer? Quando não deve ser?

 

Nessa altura do campeonato, você deve estar se fazendo essa pergunta.

“- Doutor, me ajude! Como saber se meu nódulo pode ser um câncer?!”

Meus pacientes costumam sofrer com esse jogo mental de querer adivinhar sobre a doença e o resultado final da biópsia.

 

nódulo parótida câncer
Evite ansiedade. Fuja de ficar tentando correlacionar seus sintomas com os encontrados no Google.

 

E buscam na internet tudo sobre câncer, para saber se os sintomas encontrados se aplicam ao seu caso.

 

Uma das principais missões deste post é evitar que você caia nessa armadilha.

 

Essa diferenciação dos diagnósticos deve ser feita APENAS pelo médico especialista.

Vou explicar o porquê disso com alguns exemplos de sintomas comuns tanto em situações de câncer como de tumores benignos.

Se você fizer uma pesquisa por uma doença, deverá encontrar os sintomas relacionados a ela.

Mas é bem provável que tenha dificuldades de saber o quanto eles se aplicam ao seu caso, porque você não conhece todos os diagnósticos possíveis e não tem a vivência do cirurgião de cabeça e pescoço, que vê inúmeras pessoas com nódulos na parótida.

Nós especialistas identificamos de cara e com mais facilidade o “jeitão” da doença e como conduzir, pela formação especializada e por ser nossa rotina diária.

Adoro a minha profissão e especialidade e dentro dela, tecnicamente falando, a área que mais gosto de tratar é justamente a parótida.

Então vou citar alguns sintomas possíveis de serem encontrados e você vai entender o que eles podem significar.

Abaixo segue em sequência frases com um sintoma e suas possíveis interpretações.

Vamos conferir os exemplos:

 

“Tumores de parótida malignos podem causar dor.”

 

Ok, é verdade.

Mas um quadro de inflamação na parótida também causa dor… como em uma parotidite (o sufixo “ite” quer dizer inflamação), presente num simples caso de caxumba.

Um nódulo benigno que obstrua parcialmente a passagem da saliva pode causar dor da mesma forma.

 

Dor em um nódulo na parótida tem que ser encarado como um sinal de alerta, mas evite ficar tentando adivinhar o diagnóstico.

 

Se sentir dolorimento em um nódulo parotídeo, apenas agilize sua consulta.

 

“O câncer de parótida pode causar paralisia facial.”

 

Sim, verdade.

Quando um câncer de parótida invade o nervo responsável pela movimentação facial, pode ocorrer paralisia.

Mas… existem doenças benignas da face que podem causar o mesmo quadro!

Por exemplo, na chamada paralisia facial periférica (ou de Bell).

Mais uma vez, segue a sugestão: se você ou um familiar tiver um nódulo na parótida associado a paralisia facial, busque com rapidez o cirurgião de cabeça e pescoço para fazer a diferenciação.

 

“Tumores de parótida malignos em geral têm crescimento rápido”.

 

Sim, mas uma parotidite aguda pode fazer a glândula aumentar muito rapidamente de volume em horas.

Portanto, fica o recado mais uma vez que você evite esse jogo de adivinhação e procure logo um cirurgião de cabeça e pescoço, evitando sofrimento desnecessário.

 

Por outro lado também, se o seu nódulo tem crescimento lento, não dói e os movimentos do seu rosto estão normais, é bem provável que seu nódulo seja benigno.

 

nódulo benigno

E, mesmo assim, vá logo ao especialista!

Se está gostando do artigo, por favor, compartilhe ele com outras pessoas que poderão se beneficiar dessas informações!

 

5. Como é a cirurgia para um nódulo na parótida? Como aumentar as chances de cura?

 

Antes de mais nada, vale reforçar que esse artigo tem finalidade informativa.

E lembrar a você que detalhes específicos da sua saúde devem ser esclarecidos sempre com o seu médico.

Mas se tiver dúvidas que acredite serem pertinentes também a outras pessoas, basta fazer sua pergunta ao final do post!

Certamente será uma grande felicidade poder respondê-la.

Nos tópicos anteriores, você já descobriu que o tratamento de um verdadeiro nódulo da parótida é quase sempre com a cirurgia.

Então agora deve estar pensando: “Diga logo como é essa cirurgia da parótida, Dr. Hugo!”

É de extrema importância o paciente saber como é a cirurgia, quais são os riscos, qual o tipo de anestesia, e quais as tecnologias e técnicas que existem hoje.

Logo teremos outro artigo apenas sobre a cirurgia em si.

Mas para adiantar, falarei agora no próximo tópico sobre um ponto crítico de risco da operação, e como evitá-lo.

 

6. Existe um nervo que passa no meio da parótida? Qual o risco de paralisia?

Temos um grande detalhe em nossa anatomia humana: no meio de cada parótida, de forma caprichosa, passa o chamado “nervo facial” e seus finos ramos, responsáveis pelos movimentos dos músculos da face.

Além da preocupação com a cura da doença e remoção completa do nódulo, existe também esse ponto extremamente delicado.

Os ramos deste nervo estão envolvidos em muitos movimentos, desde:

  1. Franzir a testa;
  2. Fechar os olhos;
  3. Fazer o “biquinho” com a boca;
  4. São responsáveis pelo sorriso;
  5. E até a contração de músculos do pescoço.

 

O nervos que passam no meio das parótidas são responsáveis pelos movimentos e expressões do rosto.
O nervos que passam no meio das parótidas são responsáveis pelos movimentos e expressões do rosto.

 

É bem aí que mora o ponto mais delicado na cirurgia das parótidas. Digo que neste momento os cirurgiões devem ser neuróticos e obsessivos por detalhes, para preservar tanto o nervo principal quanto os seus minúsculos ramos.

O nervo facial se origina dentro do crânio e desemboca na face próximo da orelha.

nervo facial parótida
O nervo facial se ramifica até atingir os músculos do rosto.

 

Aí ele se divide em troncos e delicados ramos que seguem até o músculo responsável por cada movimento da face, seja do queixo, boca, pálpebras e testa.

 

E, então, como evitar uma lesão do nervo facial em uma cirurgia de parótida?!

 

Tudo começa por um elemento essencial: o cirurgião e sua equipe.

Para os cirurgiões de cabeça e pescoço, identificar o nervo facial passa por reconhecer vários pontos de referência anatômica em um território conhecido.

Essa vivência é o fator mais importante na preservação do nervo e da mímica do rosto.

É como andar dentro da própria casa: sabemos onde fica cada móvel e objeto e navegamos facilmente até eles sem pensar, mesmo de olhos fechados.

Mas quem entra ali muito esporadicamente, correrá um risco bem maior de derrubar um vaso…

Da mesma forma, o cirurgião de cabeça e pescoço lida com a anatomia local de forma corriqueira, o que para outras especialidades médicas é extremamente difícil.

Outro fator primordial no sucesso da cirurgia é o cuidado extremo e a habilidade em dissecar as estruturas.

Precisão, coordenação, leveza, paciência e disciplina são pontos fundamentais em uma cirurgia de parótida.

Assim o trauma sobre os ramos do nervo é mínimo e a recuperação mais rápida.

Sinto-me extremamente feliz a cada cirurgia de parótida bem sucedida, sempre buscando o melhor para os meus pacientes!

Espero que o artigo tenha ajudado você a esclarecer melhor sobre os nódulos na parótida.

Lembre-se que a saúde é um bem precioso e fundamental na nossa vida.

 

Muita saúde sempre!

 

Para conhecer mais sobre o Dr. Hugo Luz, acesse o site principal aqui.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Respostas de 54

  1. Inicialmente, gostaria de parabenizar pela excelente abordagem sobre o assunto, Dr. Hugo. No período em que tive o problema de Adenoma Pleomórfico não encontrava informações tão esclarecedoras sobre o assunto. No início fiquei muito apreensivo, uma vez que a única forma de tratar o problema seria por meio de um procedimento cirúrgico. Pesquisei sobre o tema e verifiquei que durante o procedimento poderia acontecer a lesão do nervo facial com perda dos movimentos, aumentando ainda mais a preocupação com relação a cirurgia. Além disso, a incisão para cirurgia seria bem perceptível e de grande tamanho. A partir de então procurei um profissional que fosse extremamente capacitado para realizar esse procedimento. O Dr. Hugo Luz foi o médico escolhido! Um profissional excelente que me tranquilizou sobre o assunto, mostrando segurança e domínio do que deveria ser feito. O Dr. Hugo Luz fez um procedimento diferente do que a grande maioria dos médicos fazem. A incisão da cirurgia foi muito pequena, quase imperceptível por trás da orelha, diferentemente do que normalmente acontece para esse tipo de cirurgia. Tal fato faz toda a diferença na escolha do profissional! A cirurgia foi um sucesso, o nódulo foi retirado sem afetar os movimentos faciais. O Dr. Hugo deu toda assistência necessária durante o período de recuperação, estando sempre disponível a qualquer hora e com muito boa vontade. Dois meses após a cirurgia já estava totalmente recuperado! Por isso, só tenho a agradecer a esse excelente profissional que é exemplo de médico a ser seguido. Que Deus te abençoe, Dr. Hugo. Abraço!

  2. Olá, Thiago!
    Fico muito feliz que tenha gostado do artigo!
    Principalmente porque você tem a autoridade máxima para opinar, justamente por ter passado por todo o caminho desde o diagnóstico, escolha do cirurgião e tratamento.
    Sinto que as pessoas que descobrem um nódulo na parótida ficam bem apreensivas com o diagnóstico, cirurgia, riscos de paralisia facial e com a possibilidade de cicatrizes.
    Preocupo-me em fazer o meu melhor primeiramente buscando a cura, e em paralelo usando todos os recursos que posso dispor para evitar as temíveis complicações da cirurgia.
    Sobre a incisão, alguns casos selecionados permitem uma modalidade de cirurgia dita minimamente invasiva ou microparotidectomia, com um acesso cirúrgico por um incisão bem menor do que a tradicional.
    E em sequência, a fase de recuperação também é muito importante, porque também demanda cuidados específicos para essa cirurgia.
    Também fico feliz por saber que se sentiu amparado no pós-operatório e teve tão bom resultado!
    Este post foi escrito focando em atenuar a preocupação exagerada das pessoas com a possibilidade de um diagnóstico de câncer de parótida frente a uma grande maioria de diagnósticos benignos.
    Em breve quero escrever outro artigo específico sobre a cirurgia da parótida (parotidectomia).
    Obrigado mais uma vez pelo seu depoimento e comentários!
    Fique com Deus!
    Muita saúde e um grande abraço!

  3. Doutor Bom Dia!
    estamos muitos preocupados, me sobrinho de 11 anos esta com nodulos muito grande na regiao do pescoço.ele a um ano atraz teve uma doenca que nao me lembro agora o nome,mas que caus as plaquetas baixa,chegou a 32.
    fez varios exames mas nao deu nada.

  4. Olá, Rosana!
    Acredito que seria ideal a avaliação de um cirurgião de cabeça e pescoço e de um bom pediatra generalista ou especializado em hematologia.
    O dado “grande nódulo na região do pescoço” é muito pouco preciso.
    Levamos em conta a localização exata do nódulo, se ele é único ou se existem outros, se é doloroso ou não, etc.
    Sugiro que retornem ao médico para que façam a investigação diagnóstica adequada.
    Fiquem com Deus!
    Muita saúde!

  5. Olá dr. Hugo… q benção essa sua atitude conosco muito obrigada…. é uma pena eu n ter tido essa oportunidade na época pq passei exatamente pelo desespero do Google kkkk e como operei no público ele não me explicou ricamente como vc por aqui… mas com td q pesquisei na época gostaria de tirar umas dúvidas (já operei a três anos) eu na época achei alguns artigos médicos falando sobre não ser legal romper a cápsula do adenoma pq associou a muitos retornos da doença … com a pulsão… principalmente pq da p vcs diagnosticarem com a ultra e exame … até pq a biópsia tem q ser feita no fim… gostaria de saber mais sobre isso da pulsão se é real e após a cirurgia varias pessoas do grupo q sigo reclamam ter ficado doentes mais vezes após operar : dor de ouvido e garganta recorrentes (antes de operar n tinha direto não) e uma dormência assustadora na coxa esquerda na lateral esquerda da coxa ( meu adenoma foi no lado esquerdo tb) e na época meu médico disse q n tem nada haver mais eu vi q maioria q operou reclamar dessas três coisas… inclusive eu … muito obrigada pela enorme ajuda e que Deus o abençoe. O grupo do face caso queira ver ( acabei de indicar seu link por lá : é tumores benignos e malignos da glândula parótida)

  6. Boa tarde Doutor Hugo estou com 10 dias hj de operada tumor na parotida até então benigno aguaraguardando a biópsia, Pode de 3 dias pra cá quando como incha, com isso doi ouvido…. é normal esse inchado ao comer?

  7. Olá, Dr. Hugo! Primeiramente, obrigada por seu artigo esclarecedor. A internet tem déficit desse assunto.
    Bom… descobri uma pequena bolinha atrás da orelha esquerda em 2014. Procurei ajuda médica, mas minhas queixas foram, por várias vezes, negligenciadas. Engravidei em junho/2014 da minha filha e, nas consultas pré natais, diziam ser “alterações hormonais” e que passaria logo. A “bolinha foi crescendo com o passar do tempo. Em 2017, descobri, por meio de uma ultrassonografia, que se tratava de um tumor na glândula parótida. Em 29 de janeiro de 2018, realizei a cirurgia para retirada do tumor. A cirurgia foi demorada, pois o tumor estava grande e bem grudado ao nervo facial. Estou com o rosto paralisado do lado esquerdo. A médica disse que minha condição é temporária, pois o nervo facial foi preservado sem nenhum dano. O resultado da biópsia ainda não saiu. Estou em acompanhamento com a fonoaudióloga e já comecei os exercícios faciais.
    Minha pergunta: já teve pacientes que ficaram com um lado do rosto paralisado e voltaram ao normal de novo? Quanto tempo depois? Volta 100%? Esse tumor pode voltar?
    Tenho um canal no YouTube onde relato meu caso.
    https://youtu.be/mPyRjlvYDWQ

    Desde já, obrigada!

  8. Caro Dr. , muito obrigada pela explanação tão objetiva e que, realmente, gera em nós, leigos no assunto, clareza e certeza de que o assunto está bem fundamentado.
    Bom, agora vem a dúvida: no caso de comprometimento do nervo responsável pela movimentação da face, ou seja, devido a cirurgia evasiva, afetou-se o nervo que causou paralisia facial total do lado esquerdo da face; então, há reversão,tratamento

  9. Continuando:
    Há tratamento fisioterápico para reversão total da paralisia facial? Como saber o/a especialista a ser procurado (a), para busca da reversão?
    Att.,
    Elisângela da Silva Santana.
    PS.: Deus abençoe o senhor e o use cada vez mais para axiliar/curar pessoas.

  10. Olá, Thalita!
    Fico muito feliz que tenha gostado do texto!
    Foi feito com muita dedicação e carinho pensando em todos que passam pelo diagnóstico de um nódulo na parótida.
    Abraço grande e muita saúde!

  11. Olá, Dani!
    Muito obrigado pelos seus comentários!
    O Google às vezes nos deixa realmente desesperados com as leituras que encontramos…
    Atendo pacientes do SUS também 1 vez por semana, e aliás é dos locais que mais me sinto bem em atender.
    É extremamente gratificante fazer o nosso melhor para quem mais precisa.
    E não é pelo fato do paciente vir de instituição pública que o médico deve deixar de explicar bem direitinho sobre cada detalhe da doença e do tratamento.
    O acesso a essas informações é para ser universal, seja na rede pública ou privada.
    Sobre a sua pergunta, vamos lá!
    O adenoma pleomórfico da parótida é um tumor benigno, mas ele tem um comportamento um pouco estranho: quando há ruptura da cápsula do tumor durante a cirurgia, ele pode se espalhar e voltar a crescer no futuro. Felizmente nem sempre isso ocorre quando a cápsula é rompida.
    Na hora da cirurgia, o cirurgião ou o auxiliar podem tracionar (puxar) o tumor para poder ajudar a removê-lo, mas tumores volumosos com cápsula fina podem fragmentar não intencionalmente nessa manobra.
    Ainda assim, a equipe pode lavar a área exaustivamente com soro sob uma certa pressão, como um “esguicho”.
    Isso pode limpar eventuais células que possam ter espalhado no campo cirúrgico.
    Outra opção de conduta médica, ainda na tentativa de se evitar uma recidiva, seria realizar radioterapia após a cirurgia.
    Estudos mostram que esse tratamento pode diminuir a chance de recidiva ou adiar a volta do tumor por mais tempo.
    Em relação à punção, ela é feita com agulha fina. Portanto, as evidências são que ela não tem capacidade de espalhar o adenoma pleomórfico.
    Sobre a pergunta a respeito das dores de ouvido, pode ter alguma relação com a cirurgia.
    Depois de uma cirurgia de parótida, pode acontecer de acumular um pouco de líquido ou sangue dentro da orelha do paciente.
    Para evitar que isso ocorra, geralmente é colocado um pequeno tampão com uma gaze no conduto auditivo, na intenção de protegê-lo e evitar que o líquido escorra para dentro do ouvido.
    Mas, mesmo com esse cuidado, muitas vezes ainda assim pode ocorrer acúmulo do sangue, que pode gerar um incômodo no paciente depois da cirurgia.
    Quando isso ocorre, o ideal seria a avaliação de um otorrinolaringologista. Uma simples lavagem pode solucionar o problema.
    Já sobre dores de garganta recorrentes, desconheço que devem ter relação com cirurgias da parótida.
    Não vejo ocorrer nos meus pacientes, e acredito que possa ser apenas uma coincidência.
    Mais uma vez, um otorrinolaringologista poderia ser consultado para avaliar possíveis causas e tratamento.
    Em relação à dormência na coxa que você me referiu, poderia eventualmente ter relação com a posição do paciente durante a cirurgia.
    Por ficar algumas horas na mesma posição, talvez alguma compressão nervosa próxima à saída dos nervos da coluna poderiam levar a uma dormência. Mas isso seria temporário. Persistindo os sintomas, creio que seria mais adequado a avaliação de um ortopedista.
    Irei ver sim o grupo do Facebook, obrigado por compartilhar o artigo!
    Fico muito feliz de ajudar e em breve farei mais artigos sobre a cirurgia da parótida.
    Abraço grande e muita saúde!

  12. Olá, Jannyelle!
    Fico na torcida junto com você para que se confirme a biópsia benigna!
    Sobre sua pergunta, após a cirurgia da parótida pode ocorrer acúmulo de líquido na região da cirurgia.
    Uma das causas é o liquido natural que o corpo produz quando o cirurgião descola os tecidos para dar acesso e realizar a remoção do tumor.
    Outra possível causa é algum “tubinho” que escoa a saliva que pode ainda estar aberto.
    Chamamos isso de fístula salivar. E é bem comum de ocorrer após uma cirurgia da párotida, mesmo que o cirurgião tenha realizado ligaduras em todas as etapas da cirurgia.
    Ao comer, estimulamos a salivação, e o inchaço pode ficar mais evidente nesse momento.
    Como o ouvido fica vizinho à área operada e muitas vezes utilizamos o bisturi elétrico nas proximidades do conduto auditivo, tudo isso pode levar a dor local.
    Acúmulo de líquido escorrido durante a cirurgia para dentro da orelha também poderia levar a um incômodo no local da orelha.
    Sugiro que avise seu cirurgião das alterações que você está sentindo.
    Assim ele poderá a avaliar e conduzir seu pós-operatório do modo mais tranquilo possível, para que você se recupere bem.
    Abraço grande!

  13. Oi, Lívia!
    Muito bom que você tenha gostado do artigo!
    Infelizmente até hoje a disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço não é obrigatória no currículo médico no Brasil, até onde eu sei exceto na USP de São Paulo, onde fiz minha formação.
    Assim sendo, a maioria dos médicos não faz ideia sobre como conduzir e investigar nódulos no pescoço.
    Com a recente proliferação de escolas médicas em todo o país, o nível geral dos formandos infelizmente está caindo porque não nenhuma prova ou controle de qualidade sobre a formação do médico recém-formado.
    Por isso, tenho muito cuidado em escolher os médicos que cuidam a minha saúde e da minha família.
    Nós cirurgiões de cabeça e pescoço temos mais trabalho em operar nódulos maiores na região da parótida, porque em geral temos que manipular mais o nervo e seus ramos.
    Se seu cirurgião passou por essa situação no seu caso e se seu nervo e ramos foram preservados, a tendência é que vocês recupere seus movimentos em alguns meses (em média 3).
    Por isso, é muito importante ter paciência e confiança nos seus médicos.
    O nome correto para essa “paralisia temporária” é paresia e o cirurgião deve avisar que isso é uma complicação possível porque, em acontecendo, o paciente já fica mais tranquilo por saber que é uma condição temporária.
    Os exercícios ajudam muito na recuperação e a equipe multidisciplinar com fonoaudiólogos é essencial em casos como o seu.
    As pessoas que estão lendo esse post devem saber que essa complicação é rara quando a equipe cirúrgica é composta por cirurgiões de cabeça e pescoço experientes em cirurgia de parótida.
    Comigo a paresia aconteceu apenas em cirurgias de tumores muito grandes, quando a manipulação exaustiva dos nervos foi necessária, e felizmente todos recuperaram os movimentos!
    Sobre a possível volta do tumor após uma cirurgia de parótida, é preciso saber qual o tipo dele.
    O adenoma pleomórfico é o tumor de parótida mais comum.
    Ele tem potencial de recidiva sim, por isso a técnica cirúrgica preconiza uma pequena margem de segurança na hora de remover o tumor.
    Desejo a você uma boa recuperação, Lívia!
    Fique com Deus!
    Abraço grande!

  14. Olá, Elisângela!
    Fico muito feliz que tenha gostado do conteúdo!
    Vou comentar um pouco sobre seus questionamentos.
    O comprometimento do nervo pode ocorrer por vários motivos.
    Um deles é pelo fato do tumor estar muito rente ao nervo e necessitar de grande manipulação cirúrgica para realizar sua remoção. Nesse caso o nervo e seus ramos ficaram intactos e a recuperação leva alguns meses e pode ser acelerada com a ajuda do fonoaudiólogo ou do fisioterapeuta.
    Outro motivo é quando o tumor passa pelo nervo, muitas vezes nos casos de nódulos malignos de parótida, que são bem mais raros. Nesse caso, pode ser feita uma reconstrução microcirúrgica do nervo principal ou dos seus ramos no mesmo ato. Com isso, a chance de recuperação completa dos movimentos é muito elevada.
    Existem também casos de pacientes, em geral operados por não especialistas (médicos sem a formação especializada de cirurgia de cabeça e pescoço), em que ocorre lesão inadvertida do nervo ou ramos por desconhecimento da anatomia específica da região. Se o nervo não for reconstituído na hora, a chance de paralisia definitiva é alta. Ainda assim existem opções de tratamento nesses casos, geralmente feito por um especialista em microcirurgia dos nervos.
    Minha sugestão é manter sempre um ótimo relacionamento com seu médico e caprichar na escolha do profissional.
    O ideal é que o paciente se sinta confiante e seguro.
    Abraço grande e boa recuperação!

  15. Olá, Elisângela!
    Existe sim fisioterapia para ajudar na reversão de uma paralisia facial.
    Pergunte ao seu médico sobre essa possibilidade e se ela é factível no seu caso.
    Fique com Deus e boa recuperação!
    Obrigado pelo carinho.
    Abraços!

  16. Oi Dr tudo bem ?
    Dr gostaria de saber se o resultado da punção é a mesma da biópsia
    Eu fiz minha cirurgia de parótida e graças à Deus deu tudo certo
    Esto aguardando a biópsia
    Se a resposta for não me explica o porque
    Obrigado Dr

  17. Olá, Ademir!
    A cirurgia para a remoção de um nódulo na parótida é muito variável.
    Depende de vários fatores.
    Por esse motivo, o tempo de recuperação também pode variar bastante caso a caso.
    Numa cirurgia minimamente invasiva para um nódulo benigno, sem complicações no pós-operatório, em 1 semana o paciente pode retomar atividades leves a moderadas.
    Para procedimentos de maior porte e feitos do modo tradicional, com manipulação exaustiva do nervo facial, a recuperação pode ser mais prolongada, algumas vezes levando meses.
    Portanto, o ideal é mesmo individualizar a resposta caso a caso, conforme a extensão da doença e da cirurgia e a atividade exercida pela pessoa.
    Abraços!

  18. Olá, Inês!
    A punção do nódulo de parótida dá uma ideia do diagnóstico, de probabilidades, e muitas vezes ela é coincidente sim com o resultado final da biópsia.
    Porém, nem sempre isso acontece.
    A punção recolhe apenas a amostra de algumas células enquanto a cirurgia gera a totalidade do nódulo, dando muito mais subsídios ao patologista para fazer o diagnóstico.
    Por isso, apenas ao analisar todo o nódulo é que o patologista pode “fechar” o diagnóstico exato.
    E é por esta razão que mandamos sempre todo o material removido na cirurgia para esta nova análise.
    Abraço grande e muita saúde!

  19. boa tarde doutor,oque significa uma biópsia com cor branca e dura parecendo um gel duro,ou uma gelatina dura?fiz uma hoje na parótida esquerda,já operei e apareceu de novo.to preocupada,desde já te agradeço.

  20. Ola dr. Parabéns pela iniciativa. Nunca tinha ouvido falar dessa glândula. Fiz uma ressonância para identificar outro problema e no laudo deu nodulo na parótida. E me vi na mesma situação desse paciente relatado acima 🙂 Onde o senhor atende em Fortaleza?

  21. Boa tarde, Ana Carolina!
    É muito difícil de dizer o que pode estar acontecendo somente com essa sua descrição.
    Um dado muito importante é o diagnóstico firmado na sua primeira cirurgia.
    E também como vieram os exames de imagem ao longo do seu acompanhamento durante esses anos.
    Por isso a importância da consulta médica e de todos os seus dados.
    Numa consulta, pergunte sempre porque o médico está pedindo a punção, qual a suspeita, quais os possíveis resultados e tratamentos.
    Conhecendo os possíveis caminhos e tendo confiança no seu especialista, você ficará muito mais tranquila!
    Abraço grande e muita saúde!

  22. Doutor,

    Recebi o seguinte diagnóstico: QUADRO CITOPATOLÓGICO COMPATÍVEL COM TUMOR MISTO DE PARÓTIDA. Trata-se de adenoma pleomórfico?

    Muito obrigada pela atenção!

  23. Doutor Hugo,

    Recebi, após PAAF, diagnóstico de tumor misto na parótida esquerda. Pode comentar sobre esse diagnóstico?

  24. Olá dr em novembro apareceu um bolinha palpável no meu rosto a princípio não liguei pois pensei q seria um cravo. Mas no dia 14 de março 2018 essa bolinha aumento de tamanho causando dor no rosto na cabeça, febre no local, o rosto lateja como tivesse dormente e causava inchaço procurei o médico me pediu uma ultrassonografia de glândula salivar fiz o exame dia 19 e já no dia 23 fui a médica mostrar o exame ela me falou q seria cisto sebacio e me encaminhou para o cirurgião geral ele com análise clínica e tbm com o resultado da ultrassonografia me disse q é um tumor de parótida esquerda. Desde então estou assustada pois ele me explicou tdo certinho e me encaminhou para o oncologista pois além de tdo ainda continuo com os mesmo sintomas exceto a febre local. Gostaria de saber mesmo com tda essa análise clínica pode aver erro e ser um cisto sebacio ou realmente seja um tumor de parótida?

  25. Olá, Kathy!
    Feliz que tenha gostado da leitura!
    A glândula parótida não costuma ser um “pedacinho” do corpo muito divulgado, mas busco ajudar aos interessados que melhorem o auto conhecimento da região.
    Atendo em Fortaleza basicamente em 2 locais: no consultório dentro do Hospital São Carlos e na clínica Nova (período bem restrito).
    Você consegue encontrar essas informações mais detalhadas no link que segue:

    http://cabecaepescocofortaleza.com.br/#contato

    Abraço grande!

  26. Bom dia, Kathy!
    O tamanho por si só tem relevância parcial.
    Claro, é melhor de modo geral quando descobrimos um nódulo em tamanho pequeno!
    O padrão do aspecto das imagens podem ajudar na diferenciação e às vezes outros exames.
    Abraço grande!

  27. Olá, boa noite Dr. Parabéns pelas informações claras apresentadas …fiz alguns exames, Us, tomografia e pulsão e tive o resultado sugestivo de adenoma pleomorfico , vou fazer a cirurgia no início de maio…como todos os comentários por aqui, surgem milhares de dúvidas, aquela sensação de desespero, entre outras coisas..mas quero saber se é comum ter linfonodos no pescoço junto a este diagnóstico? Sinto muita dor após a pulsão , é comum stes sintomas ? Após a cirurgia pode ocorrer recorrência do tumor?
    Obrigadaaa

  28. Olá, Vandinéia!
    Nódulos na região da do rosto que nascem na superfície, mais próximos à pele, são mais sugestivos de cistos epidérmicos (ou sebáceos).
    Eles podem infectar quando as próprias bactérias da pele entram pelo pequeno ducto e se proliferam lá dentro.
    Isso pode levar a sintomas infecciosos, como vermelhidão, calor local e eventualmente febre.
    Por outro lado, nos nódulo que nascem mais na profundidade, pensamos mais em nódulos de parótida.
    São raros os tumores de parótida que invadem a pele, mas eles existem.
    Na minha opinião, o melhor especialista para fazer essa diferenciação é um bom cirurgião de cabeça e pescoço.
    Na nossa especialidade, estamos acostumados a ver os 2 tipos de doenças, então fica muito mais simples fazer o diagnóstico correto.
    Espero que dê tudo certo!
    Fique com Deus e muita saúde!

  29. Boa tarde
    Tenho uma lesão cística na parótida há uns 12 anos e dores faciais que foram atribuídas a atm
    Faço controle anual e ele não cresceu , tenho um bebê recém nascido e gostaria de esperar ele ficar com um ano pelo menos pra operar
    Será que tem algum problema? Estou muito preocupada

  30. Boa tarde, Dr. Hugo
    Só preciso saber a questão do Adenoma Pleomorfico talvez poder virar um carcinoma ate porque o meu da uma dorzinha de vez em quanto e também a questão dele poder recidir. Talvez você pode me ajudar sobre esses assuntos acima?!

  31. Boa tarde, Thalita!
    O adenoma pleomórfico de parótida também tem esse nome: tumor misto.
    Isso porque misturam-se elementos de 2 tipos de células.
    Porém, o diagnóstico definitivo é feito apenas pelo exame histopatológico, que é a biópsia final, realizada após a remoção de todo o tumor durante a cirurgia.
    Abraços e muita saúde!

  32. Olá, Thalita!
    Tumor misto é o mesmo que o adenoma pleomórfico de parótida.
    Este tipo de nódulo de parótida é muito peculiar, porque é benigno, mas tem 2 maiores inconvenientes: tendem a crescer, e podem se transformar em um câncer.
    Também têm o potencial de recidivar se sua remoção não for completa.
    Por isso a importância do cirurgião especializado nas cirurgias de parótida.
    Abraço grande e muita saúde!

  33. Olá, Regiane!
    Adenoma pleomórfico é uma doença benigna da parótida.
    Linfonodos, por outro lado, são estruturas naturais de defesa do nosso organismo. Temos centenas deles.
    Felizmente no caso do adenoma pleomórfico, o tumor não costuma se disseminar para os linfonodos.
    Em relação à punção, na maioria dos casos não há dor e, quando ela ocorre, costuma ser leve.
    No entanto, vários fatores podem interferir na sensação dolorosa, como o limiar de dor de cada um (tem pessoas mais sensíveis e outras mais resistentes à dor), a habilidade do médico em realizar o exame (mão mais pesada ou leve, precisão), a posição do tumor (nódulos mais superficiais tendem a ser mais fáceis de se puncionar) e os cuidados após o exame (uso de compressas frias e analgésicos).
    Já em relação à possibilidade de recidiva do adenoma pleomórfico após a cirurgia, essa chance existe de fato.
    No caso da cirurgia para a remoção do adenoma pleomórfico, buscamos dar uma certa margem de segurança de tecido normal da parótida e realizar uma cirurgia meticulosa e com paciência para evitarmos a ruptura da cápsula do tumor e assim buscarmos minimizar ao máximo as chances de recidiva.
    Abraço grande e muita saúde!

  34. Olá Doutor! Incrivelmente achei o o sr. aqui pelo Google, com este artigo repleto de informações precisas e profissionais. Parabéns pelo seu trabalho e atenção.

    Doutor, há uns 3 meses senti uma bolinha no lado esquerdo do rosto, um pouco abaixo da orelha. Fui na internet e fiquei apavorado com as informações.. Fui num médico aqui da minha cidade e ele me solicitou uma ultrassonografia. No exame apareceu “múltiplos cistos intraparotideos”. Praticamente 4 na parótida esquerda e 5 na direita. Não sei o que preciso fazer agora? Isso é grave? precisa operar?

    Muitíssimo Obrigado Doutor.

  35. Olá, Ana!
    Nódulos císticos de parótida podem ter algumas causas possíveis que devem ser investigadas.
    E a diferenciação da origem da dor entre o cisto e a ATM deve ser bem esmiuçada, para não haver confusão.
    Se os exames de imagem de controle do tamanho do cisto mostram estabilidade do mesmo, isso nos tranquiliza mais se optar por uma conduta conservadora, principalmente no momento que está vivendo, com um bebê recém-nascido.
    Divida com seu especialista a decisão, de uma maneira que você mantenha sua tranquilidade. Realizar exames de controle mais próximos talvez possa ser uma saída.
    Abraços!

  36. Olá, Aline!
    O adenoma pleomórfico da parótida pode sim se transformar em um câncer.
    Tanto que um dos tumores que dele pode se originar é o chamado “carcinoma ex-adenoma pleofórfico”.
    O sintoma de dor é um sintoma de alarme, que indica que deve-se tomar mais cuidado.
    O tratamento preconizado para o adenoma pleomórfico é a remoção cirúrgica com margens de segurança, porque apesar de se tratar de um tumor benigno, ele tem capacidade de recidivar sim.
    O adenoma pleomórfico pode ter projeções microscópicas que, caso não sejam removidas por completo na cirurgia, podem gerar novos brotamentos.
    Por isso tenho esse cuidado obsessivo em alertar ao paciente sobre o risco de malignização e de remover o tumor completamente na hora do procedimento. Sempre buscando margens cirúrgicas adequadas, não tão exíguas (muitas vezes a distância do tumor para um ramo nervoso não nos permite uma margem generosa) e também sem remoção de tecido a mais desnecessariamente.
    Espero ter ajudado a esclarecer suas dúvidas.
    Abraço grande e muita saúde!

  37. Amei o artigo,estou com um nódulo na parótidas direita que estou acompanhando a quase 1 ano com ultrassom,antes não dava pra sentir,agora é fácil sentir ele na minha face,foi descoberto quando fazia uma ultrassom pra controle,que realizo desde que tirei a tiroide devido a um carcinoma,minha preocupação é que nas outras duas ultrassons ele tinha 4×4 mm e não o notava agora passando a mão na face eu o sinto,tenho medo de ser algo grave e ficar aguardando e descobrir tarde,gostaria de saber qual tamanho indicado para cirurgia Dr. É agradeço desde de já.

  38. Um nódulo misto, cístico com componentes sólidos pode ser um adenoma? Ou adenomas podem ter essas características também?
    Desde já obg dr, vejo que és uma pessoa muito humana por tirar dúvidas que muitas vezes nos assombram

  39. Boa tarde Dr. Hugo, gostei muito de sua publicaçao , já fiz utrason, punção e graças a Deus não é maligno e sim Adenoma pleomorfico. Agora a preocupação é com a cirurgia o nervo facial, passei no medico de cabeça pescoço ele tem 2 anos e meio nessa área será confiável mesmo? Você acha pouco tempo ou não tem nada a ver , quero fazer logo a cirurgia porque tem muitos anos que estou com esse nódulo acho que uns 8 anos, não tirei antes porque não sabia que poderia virar um câncer , só fiquei sabendo quando fui nesse medico de cabeça pescoço imaginamos tudo você sabe como que é né.
    Aguardando sua resposta.
    Obrigada

  40. Fui diagnosticado adenoma monomorfico e como tenho efizema pulmonar , caso não puder entrar em cirurgia , como proceder o caso?
    Poderei deixar sem a cirurgia ?
    Quais os riscos?
    Muito obrigado .

  41. Olá, Rodrigo!
    Cistos na parótida são alterações benignas de modo geral.
    Mas uma avaliação especializada é importante para se fazer o diagnóstico.
    Existem doenças que causam essas alterações na parótida, mas que não trazem repercussões de fato ao paciente, que pode conviver bem com elas.
    Em outros casos, como nos cistos linfo-epiteliais, podem ter causas sistêmicas a serem investigadas.
    Alguns pacientes, por outro lado, podem sentir dores e inchaço na parótida, por dificuldade de escoamento da saliva para a boca.
    É importante a avaliação de um cirurgião de cabeça e pescoço atento a estas possibilidades.
    Abraço grande!

  42. Oi, Priscila!
    Você tem razão em se preocupar.
    Nódulos na parótida precisam ser diagnosticados corretamente para que tomemos nossa conduta frente a eles.
    Felizmente a maioria são benignos.
    E de modo geral eles são de tratamento cirúrgico, porque podem crescer e alguns tipos até podem se malignizarem.
    Não existe um tamanho mínimo do nódulo para se indicar a cirurgia de parótida.
    Se o nódulo não for palpável, podemos usar o exame de ultrassonografia eventualmente para guiar uma punção com finalidade diagnóstica, por exemplo.
    Já em uma cirurgia, se houver dificuldade de localizar o nódulo à palpação, pode-se usar uma marcação (também guiada por ultrassom) com algum corante na véspera do procedimento.
    O cirurgião de cabeça e pescoço é o profissional médico indicado para avaliar e conduzir os nódulos na parótida.
    O ideal é que você procure um especialista.
    Abraço grande!

  43. Olá, Alice!
    O adenoma pleomórfico e os tumores benignos da parótida podem ter diversas formas de apresentação ultrassonográficas.
    Por isso, apenas com as informações do ultrassom nem sempre conseguimos fazer maiores deduções diagnósticas.
    Sugiro que consulte um cirurgião de cabeça e pescoço bem cuidadoso com as doenças da parótida para orientá-la.
    Assim, a precisão sobre o seu diagnóstico e a condução do seu caso deverá ser mais tranquila.
    Abraço grande e muita saúde!

  44. Oi, Daniela!
    A cirurgia da parótida é sim extremamente delicada e cercada de detalhes que podem fazer muita diferença no resultado.
    Recentemente a tecnologia médica e a técnica cirúrgica tiveram grande avanços.
    Podemos em certos casos fazer cirurgias minimamente invasivas, com menor perda de sensibilidade, incisões menores, menor trauma cirúrgico, menor depressão no rosto e menores chances de complicações.
    O cirurgião de cabeça e pescoço precisa estar habilitado e treinado para realizar essas técnicas e manusear as novas tecnologias.
    Converse isso com seu médico.
    É fundamental o paciente estar seguro e confiante com seu médico, bem como esclarecer todas as suas dúvidas.
    Qualquer dúvida, se desejar, pode mandar um e-mail para drhugoluz@gmail.com.
    Abraço grande e muita saúde!

  45. Olá, Roberto!
    Adenoma é um tumor benigno com indicação cirúrgica pelos riscos de crescimento e malignização.
    Já o enfisema pulmonar é uma doença respiratória que precisa ser avaliada por um especialista.
    Quando essa dúvida ocorre com os meus pacientes, costumo solicitar uma avaliação de um pneumologista.
    Este sim pode avaliar quais os riscos e os cuidados específicos em caso de uma cirurgia.
    Geralmente o pneumologista nos orienta sobre como conduzir antes e durante e após o procedimento.
    Assim, a equipe, anestesista e cirurgião, deverão tomar os cuidados específicos.
    Se os riscos cirúrgicos forem impeditivos, o que é raro, existiria a opção de monitorização do nódulo com exames seriados de imagem.
    Sugiro que consulte seu cirurgião de cabeça e pescoço e esclareça melhor esses riscos para que tomem uma decisão bem ponderada.
    Abraço grande e muita saúde!

  46. Muito obrigado pelo comentário, Wanda!
    Estou retomando o blog e pretendo escrever mais sobre como cuidar da saúde das parótidas.
    Abraço e muita saúde!

  47. Olá Dr. Hugo,

    Parabéns pelo artigo, muito esclarecedor.

    Fu diagnosticado com adenoma pleomórfico e gostaria de tirar uma duvida:
    Se o nervo facial fica dentro da parótida e a parotidectomia é a retirada parcial, superficial ou total da parótida, como fazer para não atingir os nervos faciais?

    Desde já agradeço

    Manuel Fernandes

  48. Olá, Manuel!
    Feliz que tenha gostado do artigo.
    Sua pergunta é muito interessante.
    Esse detalhe da anatomia é crucial na preservação do nervo facial, responsável pela movimentação da face, quando temos que dissecá-lo.
    Funciona assim: encontrar o tronco do nervo facial é o ponto inicial da parte delicada da cirurgia.
    Na cirurgia convencional da parótida, o cirurgião de cabeça e pescoço vai atrás primeiramente de encontrá-lo, através dos chamados “reparos anatômicos”, que são pistas da anatomia sobre onde ele deve se encontrar, quase que como um “GPS”.
    O tronco do nervo facial fica no meio do tecido parotídeo, por isso iniciamos a remoção da parótida, seja de forma parcial ou total, somente após a localização do nervo, porque assim, sob visão direta, o risco de lesão é muito baixo.
    Depois de devidamente identificado o nervo principal, vamos “navegando” durante a dissecção por cima dele e das suas ramificações principais.
    Ele costuma se dividir primeiramente em 2 ramos, que vão se subdividindo.
    Assim, com delicadeza na dissecção dos nervos e atenção sobre a porção a ser removida onde se encontra o nódulo, vamos aos poucos progredindo e realizando a parotidectomia.
    Essa é a descrição clássica de cirurgia da parótida, mas hoje podemos realizar técnicas menos invasivas, de acordo com a localização do nódulo, com o auxílio da monitorização neural intra-operatória.
    Espero ter ajudado.
    Abraço grande!

  49. Dr. Hugo Luz bom dia,

    Gostaria de pedir a gentileza de expressar sua opinião com relação a um nódulo que tenho do lado esquerdo no tamanho entre 0,7 e 0,8 cm.
    A um ano atrás fiz uma cirurgia no lado direito para tirar a paratiroide que estava com um nódulo no tamanho de 3,5 cm .
    Após a cirurgia foi encontrado esse e o médico que fez a cirurgia, solicitou uma pulsão deste segundo.
    Devido a cirurgia recente, optei em escutar uma segunda opinião e este outro médico, sugeriu um acompanhamento “temporário” , para verificar se o mesmo apontaria um crescimento.
    Passou um ano e o mesmo está estável e este segundo médico, infornou que existe literatura na Ásia e Europa que desaconselha, mexer em nódulos inferiores a 1 cm e caso passe desse tamanho aí sim efetuar uma pulsão.
    Como na cirurgia que sofri uma de minhas cordas vocais ficou parada, optei neste momento em seguir o exposto pelo meu segundo médico.
    Mas gostaria de saber sua opinião com relação ao caminho que estou seguindo devido ao nódulo estar estável e inferior a 1 cm.
    Agradeço a atenção e uma ótima semana para o Dr.

    Oscar Bevilacqua

  50. Boa noite, Oscar!
    Situando os leitores, as paratireoides são glândulas que regulam o cálcio do organismo e que ficam localizadas muito próximas da tireoide na maioria dos casos.
    O nervo que comanda os movimentos das pregas vocais fica próximo tanto da tireoide quanto das paratireoides.
    Desta forma, é fundamental a avaliação da tireoide antes de uma cirurgia de paratireoide, para um tratamento completo.
    Alguns estudos apontam até uma associação aumentada de câncer de tireoide com o adenoma de paratireoide.
    A avaliação pelo especialista e a exposição das possibilidades ao paciente é essencial, ao meu ver, para a tomada da decisão.
    O fato de já haver paralisia de uma prega vocal, nos deixa mais temerosos sobre a abordagem do outro nervo, porque uma paralisia de ambos poderia indicar a necessidade até mesmo de uma traqueostomia.
    Esse risco é baixo, mas deve ser exposto ao paciente.
    Sobre a avalição de nódulos a recomendação americana da Associação Americana de Tireoide (ATA) de 2015 é favorável a se evitar punção de nódulos menores de 1cm.
    Mas essa decisão também deve ser bem ponderada com o especialista, porque podem existir tumores de tireoide com dimensões menores do que 1cm que podem ter comportamento agressivo.
    A opção da punção pode nos dar maior entendimento sobre a natureza dos nódulos. Um resultado benigno poderia tranquilizá-lo muito, enquanto uma biópsia suspeita poderia fazer o médico manter maior atenção, se for optado por uma conduta conservadora.
    Se a posição dos nódulos for distante do nervo da voz e estiverem estáveis, o acompanhamento evolutido pode ser sim uma boa opção.
    Claro que você deve estar ciente dos riscos e benefícios de cada tipo de conduta e a decisão tomada em conjunto com o especialista.
    Abraço grande!

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